Os métodos geofísicos para investigações rasas são largamente utilizados na aquisição de dados físico-matemáticos para a elaboração de imagens representativas da subsuperfície. Com o intuito de contribuir para o mapeamento geológico do subsolo, a geofísica aplicada se apresenta como uma ferramenta bastante eficaz na relação custo-benefício. As técnicas utilizadas possuem baixos custos envolvidos, são de fácil execução e ainda se destacam pela responsabilidade ambiental, uma vez que os trabalhos de campo não são destrutivos. Para tanto, a fim de que os resultados sejam satisfatórios, a NGG se vale da sua larga experiência na área e apresenta a seguir os principais métodos que a empresa utiliza nos ensaios geofísicos.
A Geofísica é uma ciência interdisciplinar que se preocupa em estudar a natureza da terra e, para tal, aplica o conhecimento e as técnicas da física, matemática e química para entender a estrutura e comportamento dinâmico da terra, tanto global como regionalmente.
A Geofísica Aplicada baseia-se na utilização dos métodos geofísicos de prospecção, cujos principais são: Gravimetria, Magnetometria, Métodos Radiométricos (Gamaespectrometria), Eletrorresistividade, Potencial Espontâneo, Polarização Induzida, Métodos Eletromagnéticos, GPR (Ground Penetrating Radar), Magnetotelúrico e Sísmica de Reflexão e Refração.
A NGG concentra suas atividades nos Métodos Sísmicos e Geoelétricos. Estes métodos, utilizados geralmente em conjunto e com apoio de informações geológicas, possuem diversas aplicações.
Os métodos sísmicos trabalham com a propagação de ondas elásticas no solo e subsolo provocadas através de uma fonte mecânica não aleatória. O parâmetro físico estudado diretamente é a velocidade de propagação, que depende das constantes elásticas e da densidade do terreno. A interface entre diferentes tipos de litologia, que possuem diferenças consideráveis quanto às velocidades de transmissão destas ondas, define a superfície de separação onde as ondas sofrem refração, reflexão e difração. Na superfície, o impacto da marreta é responsável pela geração das ondas sísmicas; os geofones são os sensores que captam as vibrações do solo; e o sísmografo registra e exibe, no domínio do tempo, estas vibrações geradas pela passagem das ondas
Os métodos elétricos utilizam parâmetros elétricos de solos e rochas (condutividade, resistividade, potencial espontâneo, polarização) para investigação do subsolo. Basicamente, trabalha-se com a injeção de uma corrente elétrica induzida através de dois eletrodos (denominados A e B), medindo-se o potencial gerado em outros dois eletrodos (M e N), calculando assim a resistividade aparente em subsuperfície. Os métodos elétricos são largamente aplicados em prospecção mineral, prospecção de águas subterrâneas, estudos de geologia de engenharia e estudos ambientais.
O Ground Penetrating Radar (ou Radar de Penetração de Solo) funciona a partir da emissão e recepção de ondas eletromagnéticas em diferentes frequências. Um pulso (onda) de energia eletromagnética é irradiado para o interior do solo por uma antena transmissora; a energia refletida é captada por uma antena receptora, e então o sinal é amplificado e armazenado digitalmente.
Resumidamente, em campo, um equipamento estruturado com um par de antenas (transmissora e receptora) é “arrastado” ao longo da superfície da seção. A antena transmissora emite curtos pulsos de ondas de rádio de alta frequência (numa faixa de 10 a 1.000 Mhz) no solo e a antena receptora grava variações no sinal refletido de retorno. Os princípios envolvidos são similares aos da técnica de reflexão sísmica, exceto que é utilizada a energia do pulso electromagnético ao invés da energia acústica, e a imagem resultante é relativamente mais fácil de interpretar.